HIPERPLASIA BENIGNA
DA PRÓSTATA
Atinge a maioria dos homens, mais cedo ou mais tarde, é apenas uma questão de
idade.
Sendo uma doença que só aparece em idades
avançadas,
torna-se particularmente relevante numa ocasião
em que a esperança de vida aumenta continuamente.
Mas vamos a números, no concreto:
A partir dos 60 anos de idade, a incidência é
de 65% ; entre os 70 e os 80, sobe para 80%,
entre os 80 e os 90 para 90% e a partir dos 90 o número é mesmo
100% .
Trata-se, portanto, de um mal a que não se
pode fugir.
Há que lidar com ele da melhor maneira, porque
faz perder completamente a qualidade de vida, a dignidade e a
hipótese de uma existência feliz.
Até hoje, todas as soluções implicavam
sofrimento, mudança radical de hábitos, medicamentos extremamente
caros para o resto da vida e a perda total da capacidade sexual.
Tudo mudou graças à iniciativa de um
cientista português que, com investigação, descobriu uma forma de
melhorar a doença, sem cirurgia, sem
internamento hospitalar e sem
alteração da actividade sexual ou até a sua melhoria.
Dos 24 pacientes tratados com êxito, nove
estavam algaliados e não podiam, portanto, ter relações sexuais.
Todos renasceram para uma vida nova, com qualidade e um futuro em que
podem agora confiar.
O primeiro doente que se quis submeter à
investigação e foi tratado, abandonou por completo a medicação
e viria até a ser pai algum tempo mais tarde.
Mas vamos a factos, quanto à doença e a esta
nova investigação revolucionária que significa uma nova esperança para todos os homens.
O QUE É
A HIPERPLASIA BENIGNA DA PRÓSTATA
Com o avançar da idade, a próstata "incha",
aumenta de volume. Trata-se de uma proliferação adenomatosa, não
maligna, que pode obstruir as vias urinárias inferiores. É
o tumor benigno mais comum no homem.
Esta patologia pode começar a aparecer depois
dos 40, mas normalmente isso só sucede por volta dos 60 ou mais; a
partir daí, a incidência aumenta muito com o passar dos anos
SINTOMAS
Os sintomas mais comuns são a dificuldade em
urinar, fazendo-o normalmente em pequenas quantidades e com uma
vontade frequente, que muitas vezes leva os homens a levantar-se
várias vezes durante a noite para ir à casa de banho. O jacto pode
ser fraco e intermitente ou mesmo causar dor. Fica-se com a sensação
de que a bexiga continua cheia. Por vezes há também perda de
sangue.
Estes sintomas podem ocorrer isoladamente ou em
conjunto. Quando a situação se agrava, pode chegar-se à retenção
urinária, que leva o paciente ao hospital para que lhe seja
introduzida uma sonda pela uretra, para esvaziar a bexiga.
DIAGNÓSTICO
Faz-se através de exames médicos, que podem
ir do toque rectal à ecografia pélvica por via rectal, análises
laboratoriais incluindo Urina II, Glicemia, Colesterol,
Triglicerideos, Hemograma, V.S., Creatinina e Ureia, exame PSA
(dosagem do antígenio prostático específico), para determinação
de existência ou não de neoplasia.
MEDICAÇÃO
É a primeira fase de abordagem ao problema,
quando não é ainda muito grave. Usam-se medicamentos, que por norma
reduzem a potência sexual em mais de metade dos casos. São eles os
antagonistas alfa1 (doxazosina, alfasusina e tamsulosina) e os
inibidores da 5 alfa reductase (finasteride e dutasteride). Com o
evoluir da patologia, avança-se para uma das várias soluções
cirúrgicas que existem.
CIRURGIA
A mais comum é a "prostatectomia a céu
aberto", ou seja, a extracção cirúrgica da próstata. Existe
também a "ressecção transuretral da próstata" (TURP),
em que todo o procedimento é realizado pela uretra.
Outros métodos incluem cirurgia a laser,
termoterapia, eletrovaporização, etc., mas com resultados que não
se comparam aos das cirurgias clássicas.
As intervenções cirúrgicas estão
frequentemente associadas a hemorragia, com necessidade de transfusão
sanguínea.
A TURP (ressecção transuretral da próstata) , está sempre associada a ejaculação
retrógrada (o esperma vai para a bexiga) e a cirurgia clássica
provoca igualmente e ejaculação retrógrada e impotência sexual
numa grande percentagem dos pacientes.
A
NOVA DESCOBERTA
O
CAMINHO DA ESPERANÇA
Trata-se de uma técnica de radiologia de
intervenção, chamada "embolização" e que se aplica em
determinadas artérias, conforme a doença. É o método que o nosso cientista utiliza já para curar
"Embolizar" significa provocar a oclusão
de um vaso sanguíneo, normalmente uma artéria, para diminuir o
fluxo de sangue a um determinado local.
No caso da próstata, o seu aumento de volume
depende de irrigação sanguínea. O que este médico faz é
"entupir" as artérias que fornecem esse sangue, levando a
que elas "mirrem", atrofia que surge uma vez interrompida a
circulação sanguínea que a irriga.
O processo é rápido e a próstata é
preservada, obtendo-se uma diminuição de volume que chegou já, nos
casos tratados e a curto prazo desta terapia, a uma redução de 65%
do tamanho original.
Conseguido isto, os sintomas melhoram ou
desaparecem mesmo, a medicação é abandonada e a potência sexual
mantida
Esta técnica inovadora chama-se "embolização
das artérias prostáticas" (EAP)
e é uma nova resposta à Hiperplasia
Benigna da Próstata. É minimamente
invasiva, não comporta os riscos inerentes a qualquer outra forma de
cirurgia e não requer anestesia geral.
Todo o processo demora uma a duas horas,
durante as quais o paciente mantém a consciência e pode visualizar
o tratamento, através de monitores próprios.
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Foto minha